9 de nov. de 2014

Aonde me encontrei

Atravessava as ruas, costurava caminhos, entrelaçava encontros, reconhecia-se em cada parte do todo que experimentava.
Alimentava-se da solidão sonhadora, sustentada pela colheita do amor que vinha cultivando.
Não acreditava em acasos, mas em encontros habilidosamente destinados a acontecer... E seguia atravessando ruas, caminhos, encontros, afetos e sonhos, tomada pela certeza de ter encontrado, em meio ao caos, o caminho que deseja seguir. De ter descoberto a felicidade, o amor nunca antes experimentado, a sensação de levitar nos pensamentos, de sonhar e acordar sorrindo, de não precisar mentir pra si, de não temer dizer o que sente, de se permitir receber, de se permitir amar, de se permitir acreditar no amor.
Recomeçava a atravessar ruas, costurar caminhos, entrelaçar encontros, bordar sonhos e alinhavar desejos... Sentindo-se cada vez mais pertencente ao mundo dos que tem habilidade para viver, e amando cada dia mais... a vida, a liberdade de pertencer, a coragem de amar, de se amar.

Crescia a cada dia. Respirava esperança. Inspirava intuições. Suspirava sonhos. Tecia novos encontros. Iluminava pensamentos. Amava cada dia mais. Navegava para a direção que seu olhar apontava. Olhava para cá, e se encontrava.

15 de out. de 2014

O próprio!

Faz calor. Dentro e fora. 
Não bastassem as intempestivas mudanças próprias da primavera, ainda lhe sobram anseios, fragilidades, cansaço e, por vezes, desesperança.
Mas faz calor e o sangue pulsa! 
Dilatam-se os desejos, os pensamentos, multiplicam-se os sonhos e, como num sopro de vida, é reanimada pelos toques suaves que lhe afetam a alma. 
Perdeu o interesse de olhar pra trás. Agora segue lépida e faceira, olhando pra frente! Mesmo que de vez em quando se perca dentro de si e se desconecte.
Noutras horas, carrega consigo aquele sorriso que não sai do rosto porque está marcado na alma. Alegra-se pela lembrança de momentos únicos e intensos e derrete-se, absorvida por sua nova pulsão de viver!
Sim! A felicidade existe e foi feita pra ela!
Então não tem jeito. Caindo e levantando, segue de mãos dadas com a alegria de viver e, finalmente, com o amor. Aquele! O próprio.




26 de fev. de 2014

Na onda...

O corpo anestesiado pulsa.
Nos pulsos pausam pensamentos.
Nos pensamentos circulam os desejos.
Nos desejos contraem-se os músculos, expandem-se as sensações..... Em onda. 
Na onda...
Liberdade pra se pensar o que se quer, desejar o que se quer, saciar o que se quer..... 
E querer, e pulsar, e arder...
Arder. Arder sempre. Deixando-se mover pelas pulsões do seu universo particular. 
Porque lá tudo pode, tudo vive, tudo pulsa... Lá está você.