16 de dez. de 2010

Pedacinho de luz e Luz dos meus olhos... e vice-versa

Maria bonita, pedacinho de luz
movimentos suaves no ventre produz
brisa de amor que a todos seduz...


Teu nome é mel, é força, é frescor...


Maria bonita, pedacinho de luz
tua vinda traz paz, fé, amor; conduz
a família que ama, se ama, te ama...


Teu nome é sagrado, é simples, é puro...


Maria bonita, pedacinho de luz
que meu ventre lhe nutra, embale; proteja
teu corpo delicado, teu espírito de luz...


És motivo de alegria, orgulho e amor...


Maria bonita, pedacinho de luz
tens todo o meu amor, todo o nosso amor...
Mamãe te sente cada vez mais perto
te ama, te adora, te espera...


Maria, vida, amor...


Maria bonita, pedacinho de luz
que junto à Luiza vem completar minha paz.


Meus anjos sem asas, minhas meninas, princesas...
Minhas eternas fontes de inspiração, admiração, força, amor e vida!
Vocês são luz para os meus olhos...


Luiza e Maria. Maria e Luiza...


Luz dos meus olhos e Pedacinho de luz... 
E vice-versa.


Bênçãos...


Namastê!







7 de dez. de 2010

O lar

Amanheceu o dia. Os sonhos haviam sido perturbados por ruídos silenciosos.
A mensagem viera.
Ao despertar, ainda fez-se incrédula.
Crianças povoaram sua manhã e o sol apresentava-se magnânimo.
Ligações perdidas, coração na mão. Retorna a ligação. Do outro lado a mãe, avó, a mulher que não hesita em interceder pelos seus, dá a tão esperada notícia: "Tens um lar para chamar de seu"!
O peito apertado, oprimido, encheu-se de ar. A voz embargada pôs-se a berrar. As lágrimas contidas há seis anos, finalmente puderam se fazer presentes... lágrimas de felicidade por mais uma bênção ocorrida nos três meses mais mágicos que já pudera vivenciar.
Agora, sua única incredulidade voltava-se para si mesma. Será que merecia tanto?
Ao mesmo tempo em que sabia que nada era dado em vão, sem merecimento, sabia que estava sendo agraciada por todos os lados, materiais e espirituais. Isto a deixava
sem palavras para descrever tamanha felicidade, sem saber como agradecer, e sentindo-se eternamente grata e certa de sua responsabilidade sobre estas bênçãos.
O Trabalho iniciava-se desde já, da maneira que sua condição lhe permitisse.
Suas bênçãos estavam cercadas pelo Trabalho de anjos... e cada anjo tinha seu nome gravado pra sempre em sua alma.
Que esse Lar seja sempre cercado por vocês, nossos anjos, e que essa Luz de amor, união, paz, felicidade e fé esteja presente em cada um de vós.

Agradecida, agraciada, tomada por uma felicidade inenarrável, indescritível, incomensurável...

Namastê!

Iracema.

26 de out. de 2010

Voinha

Uma carta, um alento.
A presença constante se fez matéria concreta, poucas linhas descreveram o imenso e eterno amor.
A fé nunca esteve tão forte e tão presente. Os milagres se multiplicaram em poucos dias. Bênçãos foram derramadas sobre a menina-mulher, mãe, filha, e pra sempre neta.


Emoção correndo nas veias, vida que pulsa no ventre, luz de paz e amor irradiadas para sua alma...


Vontade de gritar, chorar, sorrir e agradecer! Vontade de viver intensamente e evoluir exponencialmente... Reduzir a distância que nos separa, elevar os pensamentos, entrar em contato com o invisível sensível à pele, ao espírito...


Nosso amor só aumenta, só se alimenta.... se eterniza. Graças a Deus! 


Voinha, eu te amo incondicionalmente eternamente... 

16 de ago. de 2010

...O caos de fora que invade o dentro...


Cidade caótica. Pessoas circulam, têm pressa. 
O barulho dos automóveis ensurdecedores parecem não afligir.
Corpos imunes ao caos de fora gerando caos por dentro.
Corpos que não se sabem, não se tocam, não se conhecem.
Distância imposta pelo material. Material que governa o caos.

Razão que governa e que não sustenta a própria razão.
Sensibilidade adoecida, abolida pela doença que abate o mundo.
Virtualidade que conecta e afasta as pessoas delas mesmas e do outro.
Angústia, ansiedade, irritabilidade, insensibilidade.... tem-se pressa.

Falta toque, falta afeto, falta corpo.
Falta perceber que somos corpo e com ele vivemos.
Não estamos contidos nele, vivemos e sentimos com ele.
Falta troca, falta olhar, falta atenção aos detalhes, falta afeto.

Dentro em pouco, o império da razão cairá por terra.
O caos não se sustenta por muito tempo, e nós não sustentaremos o caos.
Nossos corpos padecem, adoecem, endurecem...
Mas até quando suportaremos insensíveis, aos sinais do corpo?
Até quando resistiremos sem toque, sem atentar para o outro, sem experiências sensíveis de presença?

Olhar pro dentro, pro corpo, pro outro...
Exercitar a mente, desconectá-la do caos, do virtual.
Sensibilizar o corpo. Entrar em contato.

Calar os gritos, as palavras rudes, isolar-se do caos.
Trazer o silêncio, sensibilizar a linguagem do corpo e da alma.

Será que é pedir muito?
Mas, e se for? De que valem os sonhos se não puderem ser sonhados?

Só assim haverá felicidade, de verdade.
Eu quero ser feliz. E você?


9 de ago. de 2010

Borboletas metamorfoseadas...


Os ciclos são muitos e, em cada um, novas descobertas e sensações
O tempo não pára e a cada segundo novas perguntas são formuladas
As respostas, se não vêm de pronto, se fazem descobrir do véu da incerteza a cada novo sorriso
Os pezinhos inquietos anseiam por trilhar longas e sonhadoras aventuras


A realidade concreta dá lugar às mais variadas fantasias
Histórias antigas e novas, velhas canções sempre tão atuais e cobertas da mais pura poesia
Rostinhos atentos, corpinhos abertos para experimentação, novas linguagens formadas
A dança pura, dançada, embalada por novas e efêmeras sensações


Já dizia o escritor: "Há escolas que são asas" *


As crianças são pássaros, são borboletas metamorfoseadas pela vida
São diamantes brutos ansiando pela lapidação do amor.
São o campo mais intenso e vibrátil de afetação, pois possuem corpos que se abrem, naturalmente, produzindo o mais puro devir
São fonte de amor e conhecimento.


A cada novo contato, a cada troca, a cada aula, estreitamos mais nossos laços
A professora insegura por não saber se merecia tanta confiança, se descobre fascinada com esse novo velho mundo...
Recorda momentos de sua infância, faz contato com um passado não tão distante, descobre um novo  velho amor...
Lecionar é, para ela, um imenso prazer. É lugar de felicidade, de amor, de troca e, principalmente, de aprender.....
Lecionar é plenitude.


Que a cada passo dessa longa estrada, meus pequenos pássaros, eu possa mostrar-lhes que o vôo está dentro de cada um desses corpos
Que através dos nossos prazerosos dias de brincadeiras, jogos e dança, as descobertas aconteçam e se mostrem estimulantes
Que a herança dessas nossas experiências seja de um aprendizado para toda a vida e que eu possa, a cada dia, mostrar-lhes o quanto seus corpos são capazes de transformar...


Vocês, crianças, não imaginam o bem e o aprendizado que trazem consigo e que transmitem todos os dias....
Espero que, um dia, eu possa ser tão potencialmente viva e iluminada quanto vocês.


Um beijo, com muito carinho,
Iracema.


* Rubem Alves



27 de jul. de 2010

Cigana


A cigana se agita, roda a saia, se embeleza, bonita se diz.
Joga com as palavras, diz verdades que não se devem dizer, sinaliza.
É incompreendida e por vezes mau vista. Faz que não se importa embora queira sempre atenção.
As palavras lançadas aos montes são mensagens aos incautos corações. Quer o bem e o bem semeia.
Àqueles que não a escutam, avisa: quem avisa amigo é...

Gira cigana, na gira.
Canta os pontos entoados no Congá.
Seduz com as palavras, brejeira cigana...
Saravá. 





15 de jul. de 2010

...Sem pausas...


Contínuo processo que não pára corre e não sai do lugar
Corpo livre repleto de uma flexibilidade que não se sabe e mãos atadas pelo invisível desconhecido
Força que existe em algum canto daquele estranho labirinto de saídas não encontradas
Procura sem saber o que procurar naquele universo ainda não desbravado pelos pensamentos velozes e sutis
Insegurança daqueles que não sabem o caminho de volta pra casa mesmo tendo deixado as migalhas pelo chão daquela floresta sem pássaros
Solidão que vive repleta de muitas presenças inconstantes ausentes de tato
Alegria de ter tesouro lapidado que diariamente lapida sua existência
Trajetória longa daqueles que ainda têm muito o que caminhar
Desorientação sem bússola no navio regente da vida imprevisível
Medo constante do eterno não saber que vive a perguntar pergunta de resposta escondida no labirinto habitado
Angústia de temer jamais encontrar a saída e viver de eterno não saber
Coragem perseverante dos fortes teimando em lutar luta vencida por medos intimamente fabricados
Espera inquietante de mudança daquele que não se sabe se pode mudar e emudece a resposta
Incógnita resposta que não sabe se a pergunta existente era ainda pra ser perguntada
Confusa cabeça desconexa enclausurada no tempo que cisma em passar passando sem cerimônia
Tempo passa vida inquietante de angústia da artista sem ponto vírgula exclamação com interrogação nas entrelinhas
Confusão confessada ritmada por tempo corrido ausente de pausas

12 de jul. de 2010

...Não perturbe...



As pernas firmes impulsionam os pedais que fazem girar as rodas
Os pneus vencem os pequenos buracos e degraus
O vento sopra no rosto fazendo esvoaçar os cabelos dourados
A música invade os ouvidos e inunda sua mente e alma de lembranças

O dia tem temperatura tépida e sol fulgurante, sem sombra de nuvens
Os minutos parecem intermináveis, acompanhando as imagens criadas em sua mente
Pessoas passam despercebidas, só podendo se fazer sentir pelo vento que produzem seus   corpos na direção contrária à dela
Seus pensamentos, contínuos, se transformam assim como seus movimentos

Queria ter sempre essa sensação: onde nada limita, sufoca, paralisa
Se pudesse transmitiria e receberia apenas o que só a brisa no rosto e o movimento lhe proporcionam
Felicidade, prazer, bem-estar, segurança, liberdade...
Libertar a mente das dores, dos males, das angústias e das insatisfações.

Mas não pode. Todo esforço seria em vão...
A vida é feita de todos os seus temperos, sentimentos, sensações e vivências. Não podendo se dissociar coisas boas e más.
Caso contrário, não seria viver e sim, sonhar...
Mas a menina teimosa, mesmo sabendo-se impotente, viaja na sedução da ilusão... por que não?

E a menina dorme... sonha acordada.

Shshsh... silêncio! Deixem a menina sonhar... 


26 de jun. de 2010

...Faz de Conta...


Ela ri, ela canta, ela dança... ela faz um carnaval.
Sua vida parece um grande faz de conta.
Os dias são longos, grandes como a extensão de seu querer.
Seus olhos fortes penetram a alma, seduzem outros olhares, percebem o todo singular.
Ela chora, ela canta, ela dança... ela faz um carnaval.
Faz de conta que que vive.
Quase não deseja. Curtos e secos são seus dias.
Seus olhos desejam ser penetrados, seduzidos, singularizados.

Ela ri, ela canta, ela dança... e chora, e canta e dança...
Ela faz do faz de conta um eterno carnaval.

17 de jun. de 2010

A bailarina


A bailarina dança o silêncio,
movimenta o espaço,
desconstrói a música,
paira no ar.

Corpo esguio, delicado.
Pernas firmes,
braços fortes.
Fortaleza, candura, destreza.

Os movimentos trazem devir,
o corpo cria nova linguagem.
os sentidos se aguçam,
um novo universo se abre.

Sabe-se frágil e forte, artista que é.
Bailarina, menina, mãe, mulher.
Sua vida é arte, encontro, dança
seus passos música, amor e constante mudança.

Descobriu no corpo e com o corpo, sua potência.
A potência de existir bailarina, mãe, mulher, menina que sabe o que quer.
E se a vida por vezes parece incerta,
seus afetos se fazem certeza de constante bem-me-quer.


4 de jun. de 2010

[Des]abafo

Tentando definir o indefinível. Transmutação de pensamentos pensados, sonhados, por vezes vividos que transformam as voltas da vida em uma montanha russa de sensações, inquietações e incógnitas respostas...
Solidão sem companhia, palavras ruminadas, sentimentos desprezíveis, desprezados. Amor sem reciprocidade, amizade interessada em outros ganhos, constatações já antes constatadas, incredulidade.
Do imenso e promissor jardim, restaram apenas as folhas caídas daquele gélido outono... a brisa quase polar atravessava os cabelos dourados e cortava a pele pálida. Mas a cicatriz que acabara de se abrir naquele mesmo peito já calejado, latejava. O pescoço outrora arranhado por mãos não menos amadas, sentia-se ainda mais exposto...
Recolhimento. Do vazio silêncio ouviam-se os soluços.
Sua esperança era de que o líquido advindo das lágrimas pudesse molhar e acabar com toda secura... acreditava que poderia ter nelas o remédio necessário para cicatrizar a alma e fazer renascer o sorriso, o calor e a esperança do seu já calejado, mas não menos resignado, coração.
Recolhe-te, respira. Na vida, tudo passa...

13 de mai. de 2010

Carta ao velho senhor...

Prezado senhor,

as coisas não andam lá muito bem, e pouco se pode fazer para torná-lo melhor. No entanto, o senhor teima em se apresentar correndo, passando, passado, quase que num suspiro de tempo. Queira, por gentileza, fazer a caridade de passar manso, sereno, para que nossas poucas mas insistentes tentativas se façam fato.
Não queremos nada barato, nem tampouco de fácil alcançar, mas queremos as coisas de fato, com a tátil sensação do palpar. Portanto, senhor Momento, faça-se assente, sossegado; mas sem muitas calmarias para que não embales acomodação, nem tantas turbulências, para que não tornes confusão. Faz-se apenas momento e pronto.
Assim, quem sabe, poderemos usufruir-te melhor, experimentar-te as nuances, conhecer-te o suficiente para saber como tocá-lo, e quando. Esperar o momento certo de teu respirar para contigo seguir o ciclo virtuoso da vida.
Esperaremos por teus sinais atentos. Inspirando e expirando... sentindo, em cada segundo, a singela presença de teu tempo.

5 de mai. de 2010

...Apenas uma tarde sem graça...


Passamos muito tempo de nossas vidas aprendendo. O exercício de aprender requer paciência, vontade, disponibilidade, empenho e coragem.
Com a vida aprendemos que nem sempre as coisas são fáceis, mas teimamos em torna-las ainda mais difíceis. Com nossos egos muitas vezes deixamos de enxergar caminhos, pessoas e erros próprios. Nos aproximamos de muitos e muitas vezes deixamos escapar por entre os dedos, como grãos de areia, oportunidades, sonhos e pessoas... estas últimas então, muitas vezes, são perdas ainda mais dolorosas, pois nossos egos fazem com que diversas vezes julguemos erroneamente algumas que só queriam o nosso bem, nossa amizade, nosso afeto. E quem somos nós para julgar?!
Em diversos momentos parei pra pensar se realmente precisaria aprender a ser desprendida de pessoas para ser feliz. Se não deveria deixar de lado minha ainda insistente ingenuidade, e passar a duvidar mais das pessoas, dar menos amor, ser menos zelosa e “boazinha”, e passar a ser mais dura, incrédula, menos afetuosa e, de certa forma, mais egoísta. Deixar de me preocupar com os outros e apenas me preocupar comigo e com as minhas coisas.
Mas decididamente resolvi que não! Não quero ser diferente do que sou, não quero dominar gente ou coisas,não quero a frieza do egoísmo, a sombra da desconfiança, adoecer o amor que me preenche e torna-lo ódio. Quero continuar a ser a menina que outrora acreditava que tudo não passava de uma tarde chata e sem graça, e que agora apenas enxerga que as tardes nem sempre são boas,mas que no dia seguinte poderá ser brindada com a possibilidade de um novo dia de sol. Quero continuar acreditando nas pessoas e trazendo-as para minha vida, fazendo-as participar de todas as minhas derrotas e conquistas, e convidando-as a entrar se me mostrarem seus bons sentimentos e caráter. Que invadam a minha vida com sua luz, suas qualidades e seus defeitos, pois assim podemos crescer e aprender juntos! Que partilhem comigo coisas e pessoas,para que juntos formemos uma grande família. Pois amigos são pessoas que podemos, nessa vida, escolher para serem nossa família também.
Que meu amor não adoeça e que eu possa sempre amar as pessoas como se não houvesse amanhã. Que eu tenha sempre humildade para reconhecer meus erros e me desculpar com amor. Que eu saiba perdoar para ser perdoado. Que eu consiga enviar luz para meus inimigos e que eu possa assim, ser pelo menos um pouco melhor do que eu possa ter sido no dia anterior. Todos os dias.
Namastê!

3 de mai. de 2010

...Palavras para uma irmã...



Mari,
Quando o Pedro me ligou para pedir a minha ajuda para organizar essa festa pra você, fiquei muito feliz e, ao mesmo tempo, honrada. Fazer parte da sua história já é um presente, e saber o quanto minha amizade lhe é cara, uma bênção. Obrigada.
Mariana é menina valente, mulher guerreira, bailarina por paixão e opção, artista de nascença. É amiga leal, escudeira fiel, ser humano repleto de luz. O que mais chama atenção na Mariana, além dos lindos olhos azuis, é o caráter. Hoje em dia poucos são aqueles que possuem caráter tão irretocável quanto o dela. Ela é exemplo de retidão, amizade, respeito e confiança.
Nesses anos de Rio de Janeiro, nasceu uma nova Mariana. Nasceu também com ela e para ela, uma nova família. Mari cativou cada um de nós aqui presentes com suas palavras carinhosas, com suas tiradas ímpares, com seu sorriso sincero, até mesmo com sua acidez declarada, mas, principalmente, com sua amizade, carinho e respeito por cada um que passa pela sua vida.
Essa festa que hoje nos reúne, é a prova de que, mesmo que não se tenha uma imensa quantidade amigos, o mais importante é saber que os que existem, mesmo se forem poucos, são verdadeiros. Estamos aqui, minha amiga, para festejar sim seus 26 anos, mas mais ainda para lhe dizer que te amamos, respeitamos e que somos sim, sua família também. Sei o quanto sente falta dos teus pais e irmãos, da sua terra, mas saiba que hoje construístes um novo lar. Estás e estarás presente para sempre dentro de cada um de nós, e poderá contar conosco sempre!
Além de nós, seus amigos e irmãs (o tripé), existe alguém do seu lado que tem por você um amor lindo de se ver. Pedro é homem apaixonado, menino descompensado, músico de uma musa só. E hoje, nesse lindo show feito pra você, em cada palavra cantada estará uma declaração de amor... uma das mais bonitas que já presenciei. Sei que a vida a dois não é fácil e requer muita paciência. Mas com esse amor todo e um pouco de foco no futuro, essa história tem tudo pra ter um final tão feliz e bonito quanto o amor de vocês. Assim torço e espero.
Mari, sei que nem tudo são flores, que a vida muitas vezes parece dura, e que a ansiedade e o desespero por vezes nublam toda a nossa visão. Mas você, amiga, é uma mulher brilhante, inteligente, bailarina de movimentação simples, única e de qualidade, capaz e forte. A vida está só começando e ainda há muito chão para ser pisado e lugares a serem conquistados. A gente só precisa de foco, fé e determinação. Não tenho a menor dúvida de que ainda irá conquistar muito mais coisas e pessoas do que já conquistou. Acredite em você, pois nós acreditamos!
Amiga, espero que essa festa possa ter mostrado pra você um pouco do amor, carinho, amizade e respeito que temos por ti. Espero também que possamos ter te dado pelo menos um pouco da alegria com que nos brinda sempre!
Por fim, deixo aqui também um pedido, que não é só meu, mas de todos... FICA, MARI! Sua presença é muito importante para nós... você faz toda a diferença!
Te amo demais, minha irmã... não sei o que seria de mim sem você, sem sua amizade, apoio e confiança. Não quero mesmo que vá embora, mas meu amor por você não pode e nem é egoísta, por tanto, minha irmã, faça o que achar que deve fazer, mas saiba que ficarei com muita saudade... ou melhor, ficaremos.
Que todos os seus sonhos, projetos e metas se realizem, e que Deus ilumine seu caminho com muita luz, saúde, amor e felicidades!
PARABÉNS, MARI!!! VOCÊ MERECE!!!
Um beijo carinhoso, da sua irmã,
Ira.

28 de abr. de 2010

Tempo de Alegria!


É tempo de alegria!
Benditos sejam todos os capazes de promover sorrisos, despertar boas energias, acolher num abraço, ouvir com prazer...
Escrevo a felicidade de viver, por viver! Brindo todos os dias as alegrias recebidas, venham elas como e de onde for! Pois até mesmo num problema premente, podemos encontrar uma maneira de enxergá-lo com bom humor...
Viva o riso, o choro que o acompanha, e todas as graças!
Pode-se encontrar felicidade em todos os instantes, bastando ter o olhar de uma criança...
Que todos possam encontrar as crianças que os habitam, e fazer dessa grande ciranda que é a vida, um palco de muita alegria, música e dança... Namastê!

17 de abr. de 2010

...Fabulações...



O mundo gira, pessoas passam, e a menina está lá, embutida dentro daquele vasto coração...
O coração bate. Às vezes fora de compasso, fora dos passos incessantes e acelerados de seu caminhar.
Mas a menina não caminha, corre! E corre pra onde?
A procura é ininterrupta, imensurável... procura por cores, movimentos, laços, traços, palavras, silêncio... e no silêncio íntimo, paz.
Segue seu caminho atravessado por vários caminhos... cruzado por risos, choros, venturas e desventuras de sua vida e das vidas que lhe são caras.
Olha através, de viés, tentando fitar todos os tons!
Não tem vergonha de ser. É tudo aquilo que acredita e tudo aquilo que a habita. É metamorfose errante, dançante. É lagarta querendo virar borboleta, é menina em corpo de mulher, é mulher que, por vezes, se permite ser menina...
Sua vida é dança dançada, e a música seu alimento.
Seu corpo, instrumento.
Sua alma, poesia...
E como toda boa artista da vida, se permite sonhar... sonhando projeta seus desejos, trabalhando almeja conquistá-los. As pedras no caminho servem-lhe de objetos para a construção de sua pista de decolagem. Sim, ela sonha em voar o mais alto que suas asas puderem levá-la, não tem medo de alçar vôo.....
- "Pois quando a gente acredita, acredita de verdade, tudo é possível".

Eu acredito. E você?

15 de abr. de 2010

Pulsantes pulsares


Naquele dia acordara cansada... Lá fora só se ouvia a chuva impiedosa e o vendaval a assobiar. Seus olhos se abriam incrédulos para a nova paisagem.
Onde estavam as pessoas? Os carros? As buzinas incessantes do trânsito da manhã?
Deu um pulo da cama.
Passara o resto do dia a estudar. Tinha facilidade para escrever, mas muita dificuldade para descarregar todas as suas ansiedades, seus medos, anseios, lágrimas... seu coração batia acelerado.
Parou de fazer o que estava fazendo, deitou-se e sentira a velocidade daquele pulsar. Desde então, passara a sentir-se constantemente angustiada, acuada...
Os dias passam e a procura por tranquilidade se faz cada vez mais iminente. O desejo de plenitude urge. Não se envergonha mais de suas fragilidades e a ajuda vem das flores mais bonitas que já vira...
Se hoje faltam-lhe soluções, sobram-lhe beleza, esperança, amor e paz...




31 de mar. de 2010

30 de mar. de 2010

[In]Alcançável


Muito mais do que dizer aquilo que se quer, ouvir.
Muito mais do que ouvir aquilo que não se quer, silenciar.
Muito mais do que ouvir o silêncio, perceber sua grandeza.
Muito mais do que ser profundo, sê verdadeiro...

A menina que outrora falava mais do que sua consciência pedia, agora escuta.
Se gosta do que escuta? Muitas vezes não... pois ela é capaz de escutar as entrelinhas e estas, nem sempre, corroboram com as palavras ditas às claras.
Paciência, muitos sequer percebem o que dizem...

Lealdade sempre foi uma de suas maiores virtudes, acompanhada de sua prima-irmã amizade.
Faz muitos amigos, cultiva-os mesmo que não seja cultivada. Ama e não tem medo de expor seus sentimentos.
Alguns acham-na exageradamente amorosa, por vezes carente. Mas sua carência, se existe, é apenas de retorno. Afinal, quem não gosta de dar amor e receber em troca?

Faz tudo que está ao seu alcance. Preserva tudo aquilo que ama.
Sabe-se segura de seus valores e atenta às sua imperfeições. Sabe-se Mulher, Mãe, Amiga, Filha, Irmã.

Sua busca não se dá pela matéria, mas pela essência.
Sua pele adocicada lhe confere aroma aconchegante, e em seu colo cabem incalculáveis corações.
Corações que pulsam incessantemente, em uníssono, em seu coração.

Seus braços estão abertos, à procura de quem os queira alcançar...

Dorme, menina, que a noite já vem...


Haikai


Pequena no ar

Ligeira borboleta

Singela, livre

29 de mar. de 2010

À LUA


Bela se faz ao longe
Imponente se faz ao mar
Singela se faz às crianças
Leve se faz no ar

Seu corpo já fora tocado
Seu encanto fizera levitar
Sua luz se fez sempre mistério
Seu mistério atravessa o olhar

Seu nome consigo condiz
Sua altivez a faz delicada
Sua dança no mar se curva
Às faces de sua estada

Seu amanhecer se faz no ocaso
Seu esplendor atravessa a alvorada.
E assim seguimos errantes, poetas e amantes,
maravilhados por seu fulgurar.





24 de mar. de 2010

Movimentos...


Não quero ter a limitação de quem vive de espera. Não quero ter a supressão da minha liberdade como ser humano. Não quero ter a a tristeza de ver os bons partirem enquanto outros insistem em ficar. Não quero ter a cegueira adquirida pelos que desistiram de lutar. Não quero ter a frieza dos que se deixaram calar pelas agruras da vida...

Quero ter pernas para alcançar sonhos e me levar longe. Quero ser livre em minha individualidade sem ser sozinha. Quero a alegria de presenciar as chegadas. Quero ver e viver a vida com coragem. Quero o calor de todas as emoções da vida e a suavidade de seus suspiros... E em seus movimentos dançar, até poder olhar pra trás e dizer: Valeu a pena!

Viver, crescer, respirar, suspirar... dançar a vida que dança, à dança, vida.

5 de mar. de 2010

...Um constante tornar-se...


Fazia tempo... fazia tempo que não encontrava paz, plenitude, segurança. Em sua vida raramente tivera colo. E este, quando vinha, nunca vinha do óbvio primeiro... e cada vez que não vinha, a insegurança em si aumentava. Tentava sozinha, em vão, digerir tudo que se passava, e o máximo que conseguia era encher-se ainda mais de inquietações, dúvidas, vazios. Vazios repletos de frustrações.
Num dado momento, quando tudo era caos por dentro, começou a vomitar... Vomitar suas angústias, seus traumas, sua insegurança, sua solidão acompanhada. Tivera a primeira impressão de que assim fazia-se melhor, aceitava-se melhor e esvaziava-se. Até que seu corpo, sua alma, seus guias mostravam-lhe que aquela não era a solução, muito pelo contrário. Parou de vomitar. Passou a caminhar, a tropeçar, cair, levantar, segurando-se apenas naquele ser que acabara de conhecer... ela mesma.
Perdeu um grande pedaço de si, mas em seguida foi brindada com uma nova vida! E como essa vida a ensinou, a ensina, a ama incondicionalmente como a que perdera, e lhe faz companhia. A felicidade começava a aparecer...
Hoje, cada vez que ela começa a se duvidar, cada vez que a tristeza tenta aparecer, ela se faz mais forte. Sua fortaleza vem de dentro, de fora e de Cima. Seus anjos têm vários nomes, várias personalidades, mas todos estão juntos num mesmo propósito, ajudá-la a caminhar de cabeça erguida! Sabe de suas virtudes, de seus defeitos, mas antes de tudo sabe-se e procura saber-se nova a cada dia. Procura ser um "constante tornar-se". Tem um teto, mas seu único abrigo ainda é si própria e o coração de seus anjos. Mas está segura, atenta e determinada a encontrar o seu espaço, e sabe que vai consegui-lo... pois anjos não lhe faltam, nem coragem, nem pernas, nem fé, nem amor... amor de sobra para si e para todos aqueles presentes em sua vida.

10 de fev. de 2010

...Os saberes...


Não sei porque as pessoas cismam em não entender,
não sei porque as pessoas teimam em não querer,
não sei porque as pessoas querem não saber,
não sei.

Não sei até que ponto posso ir,
não sei até que ponto devo ir,
não sei até que ponto preciso ir,
não sei.

Não sei se sou boazinha demais,
não sei se sou confusa demais,
não sei se sou boa com palavras,
não sei.

Só sei que sinto,
só sei que vivo,
só sei que me permito,
sei.

Sei que é preciso estar atento,
sei que é preciso aceitar as diferenças,
sei que é preciso crescer,
sei.

E sei que a razão fere,
e destrói,
e confunde,
e aprisiona.

Quero sentir,
quero que sintam,
quero construir,
quero que construam,
quero iluminar,
quero que iluminem,
quero ser livre,
quero libertar...

Não sei se é o certo.
Mas o que é o certo?
Não o sei, nem o quero.
Sei que assim sinto.

E é sentindo que devemos viver...

4 de fev. de 2010

Para Gabriela...


O dia amanheceu ensolarado, o céu estava azul, as nuvens não se atreveram a aparecer.
A mãe sentia dores, e estas eram cada vez mais constantes. O pai faminto de ansiedade, e ambos embriagados por tua presença, cada vez mais próxima, cada vez mais palpável.
E a menina nasceu ligeira, parecendo saber a ansiedade dos pais. Assim, prontamente tomou a decisão e disse: "É agora!"
A dor tornou-se sorriso, a fome tornava-se amor, e o choro da menina parecia dizer: "Fiz a minha parte! Agora, façam a sua!"
Menina, princesa, boneca, anjo... és muito amada, foste muito desejada, e serás sempre cercada de amor, carinho e cuidado.
Ensina teus pais a crescerem, mostre a eles o que é o amor, seja para eles não o que eles querem, mas o melhor que puderes ser; pois tenha certeza, meu amor, que eles serão o melhor que puderem.
Obrigada pela alegria da tua presença.
Com amor,
Tia Ira.

1 de fev. de 2010

Um brinde...


Viva, menina, viva a vida... viva da maneira mais potente que possa. Seja mulher, guerreira, batalhadora, amiga, irmã, mãe, pai, independente... seja mulher!
Nesse mundo machista, paternalista, preconceituoso e duro, seja plena! Faça tudo aquilo que tiver vontade de fazer, se imponha, dê amor, seja amiga, livre, seja dócil e forte, livre-se de preconceitos mesmo que eles estejam aí, mantenha-se firme sem perder a ternura, chore, dê boas gargalhadas... Viva!
Sendo autênticas ou não, seremos julgadas, sempre. Logo, não se reprima. Como diz a inteligência popular, a vida é curta demais para ser pequena... Lute para alcançar os seus sonhos, não espere que eles venham até você por terceiros, eles podem não chegar... Lute pelo amor sem esquecer o mais importante, o amor-próprio.
E mesmo que ainda não tenha percebido, o mundo está em nossas mãos! Sem a nossa força, a nossa garra, a nossa delicadeza, a nossa união, o nosso amor, o mundo já estaria perdido... Lutemos por reconhecimento, igualdade, respeito, paz e amor... afinal de contas, somos e estamos muito além do que nos colocam... somos a origem de tudo, somos mães... e isso é um privilégio que só nós temos!
Um brinde, minhas amigas, ao privilégio de ser mulher!

27 de jan. de 2010

...Faço destas minhas palavras...


Já escondi um amor com medo de perdê-lo, já perdi um amor por escondê-lo.
Já segurei nas mãos de alguém por medo, já tive tanto medo, ao ponto de nem sentir minhas mãos.
Já expulsei pessoas que amava de minha vida, já me arrependi por isso.
Já passei noites chorando até pegar no sono, já fui dormir tão feliz, ao ponto de nem conseguir fechar os olhos.
Já acreditei em amores perfeitos, já descobri que eles não existem.
Já amei pessoas que me decepcionaram, já decepcionei pessoas que me amaram.
Já passei horas na frente do espelho tentando descobrir quem sou, já tive tanta certeza de mim, ao ponto de querer sumir.
Já menti e me arrependi depois, já falei a verdade e também me arrependi.
Já fingi não dar importância às pessoas que amava, para mais tarde chorar quieta em meu canto.
Já sorri chorando lágrimas de tristeza, já chorei de tanto rir.
Já acreditei em pessoas que não valiam a pena, já deixei de acreditar nas que realmente valiam.
Já tive crises de riso quando não podia.
Já quebrei pratos, copos e vasos, de raiva.
Já senti muita falta de alguém, mas nunca lhe disse.
Já gritei quando deveria calar, já calei quando deveria gritar.
Muitas vezes deixei de falar o que penso para agradar uns, outras vezes falei o que não pensava para magoar outros.
Já fingi ser o que não sou para agradar uns, já fingi ser o que não sou para desagradar outros.
Já contei piadas e mais piadas sem graça, apenas para ver um amigo feliz.
Já inventei histórias com final feliz para dar esperança a quem precisava.
Já sonhei demais, ao ponto de confundir com a realidade... Já tive medo do escuro, hoje no escuro "me acho, me agacho, fico ali".
Já cai inúmeras vezes achando que não iria me reerguer, já me reergui inúmeras vezes achando que não cairia mais.
Já liguei para quem não queria apenas para não ligar para quem realmente queria.
Já corri atrás de um carro, por ele levar embora, quem eu amava.
Já chamei pela mamãe no meio da noite fugindo de um pesadelo. Mas ela não apareceu e foi um pesadelo maior ainda.
Já chamei pessoas próximas de "amigo" e descobri que não eram... Algumas pessoas nunca precisei chamar de nada e sempre foram e serão especiais para mim.
Não me dêem fórmulas certas, porque eu não espero acertar sempre.
Não me mostre o que esperam de mim, porque vou seguir meu coração!
Não me façam ser o que não sou, não me convidem a ser igual, porque sinceramente sou diferente!
Não sei amar pela metade, não sei viver de mentiras, não sei voar com os pés no chão.
Sou sempre eu mesma, mas com certeza não serei a mesma pra sempre!
Gosto dos venenos mais lentos, das bebidas mais amargas, das drogas mais poderosas, das idéias mais insanas, dos pensamentos mais complexos, dos sentimentos mais fortes.
Tenho um apetite voraz e os delírios mais loucos.
Você pode até me empurrar de um penhasco que eu vou dizer:
- E daí? Eu adoro voar!

Clarice Lispector.

25 de jan. de 2010

3 minutos...


O que são 3 minutos?
Tempo suficiente
tempo para:
rir
chorar
resolver
falar ao telefone
falar o que se quer
o que não se quer
ouvir
sentir...

Suficiente?...
Depende de quem e de como se manipula, se sente e se vive o tempo...

E quando se sente que não há nada mais a fazer, calar.
Deitar, pensar...
olhar para trás.

3 minutos...
pausa
silêncio...

Melhor dormir e esperar os próximos primeiros 3 minutos do dia seguinte...

"Foi o tempo que perdeste com tua rosa que fez tua rosa tão importante". (Antoine de Saint-Exupéry)


23 de jan. de 2010

Onde alguma coisa persiste...


Fazia sol, o dia fervilhava...
e sua mansidão, em nada lembrava a aridez do dia.
Cansada, precisava apenas de paz...

Um retiro... um lugar onde alguma coisa persiste. Essa "coisa" era a sua mente.

Acendeu incensos pela casa, um cigarro, e sentou-se. Começou a escrever...
Precisava escrever. Precisava "aprisionar" nas palavras, a liberdade de seus pensamentos...

Fez-se paz.

Desconectou-se do mundo, e entrou em contato com alguém que há muito tempo não conversava.

Sua alma estava em festa!

21 de jan. de 2010

De mãos dadas


Olhos distantes
corpo cansado
no peito angústia,
grito abafado...

Anestesia
Solidão...

Pedras no caminho
caminho truncado...
E a voz a embalar,
"se essa rua, se essa rua fosse minha... eu mandava, eu mandava ladrilhar..."

Mas essa rua não é sua...
é minha essa rua, e as pedras não são de brilhante...

Olhos rasos d'água
corpo presente
no peito esperança,
grito revelado...

É minha essa rua,
e estamos de mãos dadas...

Ponto de força astral,
amor incondicional
anjo protetor
luz...

Seu amor e sua luz sim são os meus brilhantes, voinha... te amo.


15 de jan. de 2010

...Bruna...


Era uma linda menina.
As lembranças de minha infância, daquele antigo apartamento em Ipanema, eram poucas, mas nunca esqueci do rosto daquela linda menina...
Seu olhar parecia distante, mas seu brilho e sua força me tocaram.
Até o dia em que não a vi mais...

Anos se passaram... mas aquele olhar estava sempre comigo.

Lagoa. Dia de festa.
Pessoas conhecidas, quase desconhecidas...

Você não é minha prima?!

E aquele olhar surgiu novamente. Não mais distante... na verdade, quase palpável. E a menina havia se tornado uma linda mulher!
O reencontro possibilitou uma inexplicável conexão... pouco nos vimos, mas sabíamos que nos conhecíamos há muito tempo...

Novamente passei muito tempo sem vê-la.

Até o dia em que nos reencontramos. Havíamos feito a mesma escolha, no mesmo tempo, no mesmo espaço.
Coincidência?! É certo que não.

Afinidade
Amizade
Irmandade
Confiança
Respeito
União

Formava-se o elo material que faltava...

E nesta longa jornada que ainda temos pela frente, do futuro pouco sabemos, mas nossos olhares não mais deixarão de se cruzar.

Solidificava-se o encontro, a união e a eterna ligação de amor, amizade e fraternidade desses dois espíritos de luz.

Namastê!

14 de jan. de 2010

Identidade


O ser como unidade. Identidade.
A busca de identidade é infinda. Algo que a razão humana não pode alcançar.
Em meio a essa angústia, preciso se faz entender que, mesmo assim, somos únicos, passíveis de mudanças, e que mais importante do que se preocupar unicamente com as frustrações que podemos causar a terceiros, precisamos estar atentos às nossas próprias frustrações. Precisamos parar de inventar uma identidade, olhar para dentro e ser que realmente queremos ser! Voltar atrás em certos conceitos e decisões já estabelecidas não é pecado, não há nada de errado em mudar de idéia. A vida é feita de ciclos, e nada será como antes.
Vivemos a era da informação, das redes, da globalização. E tudo isso, que ao mesmo tempo faz com que certos "dogmas", certas "verdades absolutas" caiam por terra, como era de se esperar, faz com que tenhamos menos tempo de olhar para dentro, de refletirmos, pensarmos, de sermos livres...

Ah, a liberdade! Como dizem os psicanalistas, esta se resume em podermos escolher a prisão em que vamos viver... e isso não deixa de ser uma forma de liberdade. Podemos escolher com quem, onde e como vamos viver, mas isso não nos liberta. Estaremos sempre atados a alguma situação. E assim, criamos nossos "muros". A liberdade, em seu sentido literal, é subversiva e não podemos, nem sabemos viver assim.

Importante então é saber que, apesar de nossa limitada liberdade, somos humanos, portadores de sentidos que nenhum outro animal possui, e que precisamos saber usar nosso aparelho corpo-mente da melhor forma possível, sem se deixar levar pela "maré" e seguir nossos próprios instintos, desejos e vontades, sabendo que nosso limite acaba quando chegamos às margens do "muro" do outro.

Nossa liberdade está no pensamento...




10 de jan. de 2010

Luz dos meus olhos...

Nunca antes em minha vida havia podido sentir tanto amor...
Era um sentimento que tivera que aprender a lidar para que não fosse sufocado pelo medo de perder.
Olhos de jabuticaba, cabelo de fios dourados, bochechas com covinhas, e uma sabedoria que apenas espíritos de muita luz podem conter.

Uma benção. Um presente.

E nesse instante tudo passou a fazer sentido.
Nascia uma princesa que viera ensinar a menina a ser mulher.

Luiza, luz dos meus olhos...







6 de jan. de 2010

Serena...

Dúvida.
Ela sempre cisma em aparecer.
Às vezes sem querer, às vezes numa avalanche, por vezes sorrateira e sempre estonteante...
Por quê tantas dúvidas?! A quantas anda nossa confiança?!...
Até o mais soberano dos homens, tem lá suas dúvidas... sua fragilidade.
É inegável que somos todos ignorantes perante o futuro. Mas o que é o futuro?

Me consola pensar que o futuro é consequência do presente. Nossos atos são os únicos responsáveis por nosso destino, nossa felicidade.

O livre arbítrio... Causa e Efeito...

Mas como saber? Como ouvir as sutis pistas que nosso coração e corpo nos dão, nesse mundo "express", nesse mundo que não pára, que não cala, que não nos dá a ver?

Procuremos o espaço, o tempo, o corpo, a mente. Entremos em contato com nosso espírito, despindo nossa mente e corpo da carga mundana, dos problemas, das dúvidas, da pressa... Repousemo-nos em brandas águas, leves brisas, lá no fundo do nosso coração.

Não tenho a menor dúvida que teremos senão todas, muitas respostas, e a segurança em ser potencialmente quem verdadeiramente somos.

"Há muitas razões para duvidar e uma só para crer". (C. Drummond)

5 de jan. de 2010

O novo ano

Sozinha num quarto pequeno e abafado
Olhando pela janela e avistando o horizonte
Seus sonhos tão distantes...
Seus olhos cobertos de água
Seu peito, mágoa.
E como num sopro divino,
seu corpo sedento de vida!

Embora as mazelas fossem severas,
seu peito, aos poucos, enchia-se de levezas...

As levezas vinham das mais variadas fontes.

Sol, mar, lua, vento. Riso doce da princesa, minha violeta, da flor... da vida!

E assim, ela começava o novo ano. Repleta de mudanças, projetos, sonhos e, apesar do pequeno quarto, com uma vontade imensa de fazer seu coração ganhar o mundo!