13 de mai. de 2010

Carta ao velho senhor...

Prezado senhor,

as coisas não andam lá muito bem, e pouco se pode fazer para torná-lo melhor. No entanto, o senhor teima em se apresentar correndo, passando, passado, quase que num suspiro de tempo. Queira, por gentileza, fazer a caridade de passar manso, sereno, para que nossas poucas mas insistentes tentativas se façam fato.
Não queremos nada barato, nem tampouco de fácil alcançar, mas queremos as coisas de fato, com a tátil sensação do palpar. Portanto, senhor Momento, faça-se assente, sossegado; mas sem muitas calmarias para que não embales acomodação, nem tantas turbulências, para que não tornes confusão. Faz-se apenas momento e pronto.
Assim, quem sabe, poderemos usufruir-te melhor, experimentar-te as nuances, conhecer-te o suficiente para saber como tocá-lo, e quando. Esperar o momento certo de teu respirar para contigo seguir o ciclo virtuoso da vida.
Esperaremos por teus sinais atentos. Inspirando e expirando... sentindo, em cada segundo, a singela presença de teu tempo.

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