26 de jan. de 2015

AMOR - Ato 1

Quero correr nas alamedas, brincar com o vento e, entre uma coisa e outra, criar e recriar esse amor diariamente.
Quero renascer em ti a cada dia. Me preencher da tua presença e me alimentar do teu profundo amor... 
Quero multiplicar as alegrias e renovar as energias! Ser fonte de amor e abrigo.
Quero te olhar profundamente e me encontrar dentro de ti, todos os dias. Pois em mim, tu já fazes morada há tempo... 

20 de jan. de 2015

AMOR - Prelúdio


É tão bonito o que sinto... Pq não é definível, limitado.... É intenso e ao mesmo tempo traz uma leveza..... 
É um estado de ser que me complementa e me faz sentir efêmera e cada vez mais conectada a mim. 
É lugar de aconchego e onde a minha paz faz morada.

9 de nov. de 2014

Aonde me encontrei

Atravessava as ruas, costurava caminhos, entrelaçava encontros, reconhecia-se em cada parte do todo que experimentava.
Alimentava-se da solidão sonhadora, sustentada pela colheita do amor que vinha cultivando.
Não acreditava em acasos, mas em encontros habilidosamente destinados a acontecer... E seguia atravessando ruas, caminhos, encontros, afetos e sonhos, tomada pela certeza de ter encontrado, em meio ao caos, o caminho que deseja seguir. De ter descoberto a felicidade, o amor nunca antes experimentado, a sensação de levitar nos pensamentos, de sonhar e acordar sorrindo, de não precisar mentir pra si, de não temer dizer o que sente, de se permitir receber, de se permitir amar, de se permitir acreditar no amor.
Recomeçava a atravessar ruas, costurar caminhos, entrelaçar encontros, bordar sonhos e alinhavar desejos... Sentindo-se cada vez mais pertencente ao mundo dos que tem habilidade para viver, e amando cada dia mais... a vida, a liberdade de pertencer, a coragem de amar, de se amar.

Crescia a cada dia. Respirava esperança. Inspirava intuições. Suspirava sonhos. Tecia novos encontros. Iluminava pensamentos. Amava cada dia mais. Navegava para a direção que seu olhar apontava. Olhava para cá, e se encontrava.

15 de out. de 2014

O próprio!

Faz calor. Dentro e fora. 
Não bastassem as intempestivas mudanças próprias da primavera, ainda lhe sobram anseios, fragilidades, cansaço e, por vezes, desesperança.
Mas faz calor e o sangue pulsa! 
Dilatam-se os desejos, os pensamentos, multiplicam-se os sonhos e, como num sopro de vida, é reanimada pelos toques suaves que lhe afetam a alma. 
Perdeu o interesse de olhar pra trás. Agora segue lépida e faceira, olhando pra frente! Mesmo que de vez em quando se perca dentro de si e se desconecte.
Noutras horas, carrega consigo aquele sorriso que não sai do rosto porque está marcado na alma. Alegra-se pela lembrança de momentos únicos e intensos e derrete-se, absorvida por sua nova pulsão de viver!
Sim! A felicidade existe e foi feita pra ela!
Então não tem jeito. Caindo e levantando, segue de mãos dadas com a alegria de viver e, finalmente, com o amor. Aquele! O próprio.




26 de fev. de 2014

Na onda...

O corpo anestesiado pulsa.
Nos pulsos pausam pensamentos.
Nos pensamentos circulam os desejos.
Nos desejos contraem-se os músculos, expandem-se as sensações..... Em onda. 
Na onda...
Liberdade pra se pensar o que se quer, desejar o que se quer, saciar o que se quer..... 
E querer, e pulsar, e arder...
Arder. Arder sempre. Deixando-se mover pelas pulsões do seu universo particular. 
Porque lá tudo pode, tudo vive, tudo pulsa... Lá está você.

9 de jul. de 2013

Ao universo...

Os pés querem o chão mas estão suspensos.
A voz quer se soltar mas está calada.
O corpo se move mas está inerte.
Os desejos saltam mas não saem do chão.

Quer voar com os pés firmes.
Quer falar em voz alta.
Quer mover a inércia.
Quer desejar flutuando.

A firmeza dos passos deseja dançando.
A altura da voz deseja cantando.
O mover deseja longe da inércia que ata.
O desejo deseja intenso, vibrante e leve.

Faltam molas propulsoras no chão.
Falta coragem na voz.
Faltam movimentos dançados.
Faltam desejos com voz, dança e molas.

Que os ventos levem seus pedidos ao universo.
Que a vida dance ao seu redor.
Que a coragem da luta não lhe falte.
Que sua voz alcance seu coração.



Três [Mar[I]ras]!

Um trio de três, às vezes de duas, nunca de uma só.
Aliás, solidão não entra nesse trio.
Três mentes distintas de personalidades multifacetadas pela dança, pelo corpo, pelos afetos.

Três corpos, três vozes, três pensamentos, um só coração...
E a gente se une, e a gente se afasta, e a gente se espalha, e se mistura, e se funde, se abraça, se envolve, se ganha...

Uma tem uma alma repleta de neurônios que se degladiam, se amam, se desconectam, atam e desatam num ritmo incessante, insensato... que aos poucos se acalmam, se ajeitam, se encontram, se conectam, sem perder jamais a generosidade da alma e do espírito. Pára o mundo para estar com as outras duas...

Uma tem a alma repleta de afetos, incógnitas, sensibilidade, questões, amores... intensa, inteira, passional, verdadeira. Se afasta sem querer e querendo retorna, embora nunca tenha ido embora, de fato.


Uma tem a alma repleta de sonhos, idéias, amores incondicionais, generosidade... é sincera, passional, presente e com a língua solta demais... Zela pelas demais, depois por ela. Altruísta e distraída... onde é que ela estava mesmo?!

E qualquer uma delas pode ser cada uma das umas acima.

Muitos poderiam as ver sem as dar muita importância. 
Não fazem questão de serem percebidas, muito pelo contrário. 
Seu universo é particular. Por vezes aberto. Se misturam. São umas com uns, outras com outros, e as mesmas sempre que juntas. São um trio. Um trio de três, de múltiplas, de duas, de uma, mas sempre de três. Tripé.

Sendo assim, sem qualquer um dos pés deixariam de ser quem são em seu universo e em seus universos. E não sendo quem são, perderiam um tanto de sua singularidade... e quando o físico impõe distância, não há solidão, pois as energias caminham (sempre) juntas.

Como é bom ser três! Como é bom ser um! Como é bom serem e terem sua independência dentro do trio subjetivo, afetivo e substantivo... 
Porque independente dos rumos, dos fatos e dos fracos, serão sempre uma unidade de três que levará a vida na dança, nas histórias, nos braços e nos abraços de cada uma, e de seus universos transversais.

Amo vocês. Amo nós. 

Namastê!

10 de set. de 2012

Saudades sem fim...

E lá se vão 8 anos sem ela...
Ela que me amava incondicionalmente,
ela que me apaixonava com sua vaidade,
ela que me acalmava com sua voz doce,
ela que me colocava pra dormir ninando no colo e cantando cantigas de roda,
ele que me divertia empurrando meu balanço na praça,
ela que me levava ao teatro sempre que podia,
ela que me fez amar Ipanema e suas calçadas,
ela que me fez Tricolor!
Ela que sorria, e brincava, e sonhava...
Ela que, aonde quer que eu vá, está sempre comigo.
Minha boneca, minha rainha, minha vida, minha Voinha...
Saudades sem fim... 

12 de abr. de 2012

Pai

Menino índio vindo das terras do norte. Pés descalços pra subir na mangueira, jogar bola com a molecada, ver o irmão mais velho aprontar. Amante dos livros, da Estrela Solitária, da sua terra, Pará.

Menino músico, maestro. Mãos que dedilham cordas e embalam as meninas. Um bom vinho, seu violão, estrelas Luiza e Maria... Inspiração.

Pai.
Que cuida, abraça, embala, zela, reza, conduz...


Em seu silêncio repleto de música, amores, saudades e segredos: acorda o menino, nasce o homem, amadurece o pai, renasce o avô.

Música, cheiro de cupuaçu, a serenidade de uma boa rede, céu de constelações sem fim, Luiza, Maria e os que ainda estão por vir...
Que assim seja. Sempre.

Amamos você.


15 de set. de 2011

Um pouco do Eu que me atravessa

Ser plural.
Concebida no amor, materializada no afeto, atravessada pelo imaterial.
Ser aprendiz.
Formada na vida, contida por saberes diversos, motivada por quereres de saberes além corpo.
Ser pulsante.
Movida pela dança da alma, repleta pelo amor às artes, inquieta pelos movimentos contidos no espaço e ainda não realizados.
Ser dependente.
Necessitada de muitos, tem na ajuda ao próximo seu lema, ansiosa por servir.
Ser viajante.
Traçada por rotas que se cruzam e levam adiante; que se movem e mudam seu curso, indefinidamente refeito.
Ser poeta.
Escrita pelas vivências, firmada pelas experiências, flexibilizada por tantos amores, saberes, viveres e seres que, constantemente, fazem da sua história muitas histórias. Pertencente ao mundo onde todos são, vão e estão em constante movimento.
Ser movente.
Movimento que vibra para além do icosaedro das ilusões.

26 de jul. de 2011

Os mais doces sorrisos...

Faz silêncio dentro dela. 
Por capricho do destino, a ausência se faz presente.
O silêncio é quebrado pelo choro incessante e pelo corpo que arde em febre.
O coração se aperta e acelera. Quer paz.

Faz tudo que pode e, ainda assim, sente-se impotente. Queria poder mais.
Sente falta. Quer dar o colo que não teve. Quer sentir o colo que se foi há quase 7 anos...
Precisa gritar, mas tem sua voz calada.
Inspira, expira... chora.

Não exige das pessoas o que elas não têm, mas exige de si.
Precisa fortalecer-se, mas precisa de uma válvula de escape. Onde encontrá-la?!
Procura, e não acha.
Resigna-se com o que tem, o que pode ser, o que é.

Abaixa a cabeça, sorri e segue.
Ergue-se, acorda e pára.
Olhar no horizonte, corpo presente.
A cabeça fervilha...

Mãos ressecadas, olhos úmidos...
Pequenas mãos acariciam seu rosto e enchem seu coração de alegria.
O amor cerca-lhe a alma... recompensa.
Olha para aquelas duas almas de luz e sente-se forte de novo.

Esquece as tristezas, manda embora a angústia.
Rejubila-se pelo que a vida lhe deu... o maior de todos os bens, o verdadeiro amor.
Segue firme, forte, renovada.
A vida lhe acaricia a pele e a alma com os mais doces sorrisos!

Por elas e pra elas, vale todo e qualquer esforço... 

Que eu tenha sempre a felicidade de ter seus sorrisos, e a alegria de ver-lhes fortes, felizes e realizadas, meus amores... Mamãe ama muito vocês.


8 de jul. de 2011

Resgates...

Os tempos de hoje são cruéis. Mesmo com o advento da tecnologia, do avanço nas comunicações, dos novos conhecimentos que nos chegam a cada dia, vivemos tempos em que um precioso bem se faz ausente. O tempo.
As vinte e quatro horas do dia se tornaram escassas... o mundo globalizado, a escravidão do capitalismo, e a necessidade cada vez mais premente de se produzir, estão tornando os seres humanos escravos... escravos do dinheiro, do trabalho, do tempo.
As antes tão imprescindíveis horas de descanso, de lazer e de momento com a família, se tornaram parcas... e mesmo quando existe uma brecha de tempo, este é tão mal aproveitado em virtude da estafa física e do stress emocional, que se torna inexistente, nula.
Mas até que ponto a busca por melhores condições materiais para a família, para o nosso próprio conforto, e até mesmo para tornar “o mundo melhor”, tornarão as pessoas mais felizes?! Tornarão?!
Sem dúvida essa é uma das grandes incógnitas do mundo contemporâneo, das famílias, de nós  mulheres que, mesmo estando completamente inseridas no mercado de trabalho e atuantes na estrutura material da vida familiar, também nos preocupamos com a qualidade do tempo que destinamos a nós mesmos, à família, ao universo particular em que cada um está inserido.
Hoje vemos nossas crianças cada dia mais inteligentes, dominando a tecnologia e o mundo virtual, ligadas durante muitas horas à programação televisiva. Tudo isso seria ótimo se não fosse só isso ou se isso não tomasse grande parte do seu tempo. E a cada dia que passa, menos as vemos nos parques brincando, andando de bicicleta, correndo, “aprontando”. Cada vez mais as vemos sedentárias, com a maturidade acelerada, pulando fases e vivendo a vida frenética dos pais. Lamentável.
Então o que pretendemos fazer? Que pais desejamos ser? Em que parte do nosso tempo está inserida a família? Está? Que legado pretendemos deixar para nossos filhos? Será que “darmos a eles tudo que não tivemos” em termos materiais é a prioridade? Ou “darmos a eles tudo que não tivemos”, se é que não tivemos, em termos de presença, atenção e cumplicidade de nossos pais seria melhor? O que será que eles pensarão quando tiverem maturidade suficiente para refletir sobre nós, pais? O que nós queremos que eles pensem acerca de nós? Que apenas somos muito trabalhadores e os oferecemos o melhor do mundo? Ou que somos presentes, atentos, atuantes em suas vidas?
Sim, é claro que tudo isso é importante, apesar de ser difícil oferecermos tudo. Mas para isso precisamos lhes destinar nosso tempo, nossa atenção exclusiva nesse tempo, nossa presença, amizade, cumplicidade, paciência... Nesse tempo precisamos ser pais. E só.
Outra parte do tempo precisamos destinar a nós mesmos, para lhes mostrar que também é importante termos nossos momentos privados, o próprio lazer, pois nem só de trabalho e filhos precisamos nos ocupar. Mas ocuparmo-nos com nossa essência, com nosso corpo, com os nossos desejos. Isso é ser feliz.
Nesse mundo cada vez mais expresso, impaciente, hostil, virtual, sem tempo, precisamos recriar o tempo. E mais do que isso, estarmos certos de que o faremos da melhor maneira que pudermos.
Então proponho um resgate. Resgatemos nossas memórias, nossa juventude, a gentileza, a paciência, os afetos... Sejamos menos sérios e mais moleques, encontremos nossa essência, escutemos nossa consciência, nosso corpo. Ouçamos as crianças. As nossas e as que habitam em nós. Recuperemos a utopia, desejemos um mundo realmente melhor... Pois um mundo melhor não se faz só com a matéria, não é regido pelo dinheiro e pela ganância. É antes o mundo das crianças, do amor, da gentileza, da poesia, da arte...  da arte de saber viver bem!... Vocês não acham?!
Namastê!

6 de jul. de 2011

[Des]ordenações

Palavras ditas. Ouvido atento. Pensamentos.
Sentimentos despertos. Peito aberto. Recolhimento.
Sinais claros. Visível distância. Isolamento.
As palavras ecoam...

Ausência de impulso. Excesso de desejo. Inércia.
Gestos audíveis. Tradução incrédula. Repetição.
Sinais conhecidos. Diferentes ações. Incógnitas.
Os impulsos latejam...

Palavras
Pensamentos
Sentimentos
Sinais
Impulso
Desejo
Tradução

Palavras misturadas, mente embaralhada. Confusão.
Faltam as alianças, a dança, o tesão.
Sobram ecos, inércia, paixão.
Quebra-cabeça de peças inexatas e mutáveis precisando se encontrar. [Des]ordenação.

9 de jun. de 2011

Luiza


Menina doce, inteligente, sensível.
Teus olhos são luz, amor, beleza.
Teu corpo é forte, esguio, divinamente lapidado.
Teu coração é imenso, repleto, completo.

Tua presença é luz.
Teu espírito, iluminado.
Espalha amor por onde passa essa menina...
É bênção, é filha dileta, é irmã preferida...

Impossível mensurar o meu amor...
Meu amor por ti vai além do imaginável, ultrapassa limites, tem força infindável.
Filha minha, primogênita querida... Mamãe te ama muito além do que possas imaginar, muito além do que se possa dizer.
Amor incondicional... “amor maior do mundo”.
Luiza, eu te amo. Infinitamente.

26 de abr. de 2011

A falta e o todo mais...

Falta o ar, o mar, o calor
Falta o junto, o perto, o ardor
Falta a conversa, a identidade, o furor...

Faltam espaços, sobram vazios.

Ventre preenchido, coração apressado.
Turbilhão de sentimentos, nervos aflorados.
Momento solitário em meio a multidão. Solidão.
Força que vem sei lá de onde, lágrimas que procuram acalmar...

Transbordamento. Apnéia. Falta-me o ar...

E da falta que a falta faz, faço a construção do todo mais.

13 de abr. de 2011

A neta da Voinha...

A menina cresceu
e mudou
e amadureceu
e concebeu...


A menina anda só
por si só
num ritmo só 
só seu


A menina tem vontade própria
capacidade de discernimento
de julgamento
de entendimento


A menina diz o que pensa
o que sente
o que pressente
ao ausente


A menina não tem aquele ouvido que a ouça
nem aquele colo que a acolha
nem aquele entendimento que a encontre
nem aquela importância que lhe ofereça


A menina sabe que não se dá o que não se tem
mas também sabe que não se dá a ninguém
e não somente a outrém
simplesmente porque lhe convém


Ou se tem e a todos se dá, ou não se tem. E pronto.


A menina é também mulher...


E mulher que pensa sozinha
que sabe por onde caminha
que inventa sua própria trilha
que escolhe com quem compartilha
Ela, a neta da Voinha... 


(que saudade da minha Voinha...)


Mulher que sempre estará aqui, de braços abertos...
pois tem muito amor pra dar 
colo pra embalar
compreensão para desculpar


Ela aprendeu a se bastar
a se amar
a se acreditar
a se dar...


Ela aprendeu a Amar.











23 de mar. de 2011

O tempo da colheita...

O tempo da colheita... assim podemos definir o outono.
Colho a vida plantada na estação gelada, o amor que transborda no ventre, a solidão que nunca me deixa, a euforia do novo ciclo, o desânimo do pouco que se recebe e do muito que se dá, a felicidade do jamais estar só, a dependência que sufoca, a fraqueza presente nos fortes, a força presente nos sensíveis...
 ...e sigo em busca do elo perdido...
Já trilhei caminhos de areia branca e macia, caminhos de pedras ásperas e hostis, caminhos que nunca haviam sido desbravados, caminhos de lágrimas, de sorrisos, de flores... retornei. 
Talvez ainda haja muito a trilhar, talvez ainda haja muito a encontrar e reencontrar, talvez seja só o início do caminho...
Certa vez, alguém muito especial me disse: "Não temas... a vida é bonita".
Não temerei, anjo meu... Seguirei firme e forte, de cabeça erguida, resignada. E se durante o caminho eu me ferir e chorar, desculpa a fraqueza... ainda assim, seguirei. 
Sempre em busca...
Que eu semeie todo o amor que tiver, para que em todo tempo de colheita eu possa me alegrar com seus frutos... tal como agora.











11 de mar. de 2011

... Contraditória Prosa...

A vida pulsa
O relógio badala
O tempo voa
A história ecoa


O coração pulsa
A bebê dança
O espírito depura
A mãe anseia


Solidão acompanhada
Preocupações não compartilhadas
Companhia calada
Choro velado


Mulher deixada de lado
Mãe em tempo integral
Estima em baixa estação
Tempo desacelerado nesse fim de verão


Passa tempo, voa depressa...
Dorme e acorda desejando seu passar...
Quer ver sua cria no ninho, em seu colo,
E seu próprio amor resgatar.



7 de mar. de 2011

No compasso do tambor...


A tarde já havia caído. Chovia.
A chuva chegara para carregar o calor daquele verão árido.
Todavia, a alegria da festa pagã aquecia os corações.

Os blocos preenchiam as ruas.
As escolas desfilavam na avenida.
A felicidade encharcava multidões...

O olhar atento registrava cada momento daquele carnaval cinzento e colorido.
A vida bailava dentro de si, no compasso do tambor,
violão, cavaquinho, apito, surdo, cuíca, tamborim e pandeiro...

A felicidade vinha regida pelo ritmo do samba... 
Samba que vive, revive e sobrevive na história e na memória dessa eterna foliã.

16 de dez. de 2010

Pedacinho de luz e Luz dos meus olhos... e vice-versa

Maria bonita, pedacinho de luz
movimentos suaves no ventre produz
brisa de amor que a todos seduz...


Teu nome é mel, é força, é frescor...


Maria bonita, pedacinho de luz
tua vinda traz paz, fé, amor; conduz
a família que ama, se ama, te ama...


Teu nome é sagrado, é simples, é puro...


Maria bonita, pedacinho de luz
que meu ventre lhe nutra, embale; proteja
teu corpo delicado, teu espírito de luz...


És motivo de alegria, orgulho e amor...


Maria bonita, pedacinho de luz
tens todo o meu amor, todo o nosso amor...
Mamãe te sente cada vez mais perto
te ama, te adora, te espera...


Maria, vida, amor...


Maria bonita, pedacinho de luz
que junto à Luiza vem completar minha paz.


Meus anjos sem asas, minhas meninas, princesas...
Minhas eternas fontes de inspiração, admiração, força, amor e vida!
Vocês são luz para os meus olhos...


Luiza e Maria. Maria e Luiza...


Luz dos meus olhos e Pedacinho de luz... 
E vice-versa.


Bênçãos...


Namastê!







7 de dez. de 2010

O lar

Amanheceu o dia. Os sonhos haviam sido perturbados por ruídos silenciosos.
A mensagem viera.
Ao despertar, ainda fez-se incrédula.
Crianças povoaram sua manhã e o sol apresentava-se magnânimo.
Ligações perdidas, coração na mão. Retorna a ligação. Do outro lado a mãe, avó, a mulher que não hesita em interceder pelos seus, dá a tão esperada notícia: "Tens um lar para chamar de seu"!
O peito apertado, oprimido, encheu-se de ar. A voz embargada pôs-se a berrar. As lágrimas contidas há seis anos, finalmente puderam se fazer presentes... lágrimas de felicidade por mais uma bênção ocorrida nos três meses mais mágicos que já pudera vivenciar.
Agora, sua única incredulidade voltava-se para si mesma. Será que merecia tanto?
Ao mesmo tempo em que sabia que nada era dado em vão, sem merecimento, sabia que estava sendo agraciada por todos os lados, materiais e espirituais. Isto a deixava
sem palavras para descrever tamanha felicidade, sem saber como agradecer, e sentindo-se eternamente grata e certa de sua responsabilidade sobre estas bênçãos.
O Trabalho iniciava-se desde já, da maneira que sua condição lhe permitisse.
Suas bênçãos estavam cercadas pelo Trabalho de anjos... e cada anjo tinha seu nome gravado pra sempre em sua alma.
Que esse Lar seja sempre cercado por vocês, nossos anjos, e que essa Luz de amor, união, paz, felicidade e fé esteja presente em cada um de vós.

Agradecida, agraciada, tomada por uma felicidade inenarrável, indescritível, incomensurável...

Namastê!

Iracema.

26 de out. de 2010

Voinha

Uma carta, um alento.
A presença constante se fez matéria concreta, poucas linhas descreveram o imenso e eterno amor.
A fé nunca esteve tão forte e tão presente. Os milagres se multiplicaram em poucos dias. Bênçãos foram derramadas sobre a menina-mulher, mãe, filha, e pra sempre neta.


Emoção correndo nas veias, vida que pulsa no ventre, luz de paz e amor irradiadas para sua alma...


Vontade de gritar, chorar, sorrir e agradecer! Vontade de viver intensamente e evoluir exponencialmente... Reduzir a distância que nos separa, elevar os pensamentos, entrar em contato com o invisível sensível à pele, ao espírito...


Nosso amor só aumenta, só se alimenta.... se eterniza. Graças a Deus! 


Voinha, eu te amo incondicionalmente eternamente... 

16 de ago. de 2010

...O caos de fora que invade o dentro...


Cidade caótica. Pessoas circulam, têm pressa. 
O barulho dos automóveis ensurdecedores parecem não afligir.
Corpos imunes ao caos de fora gerando caos por dentro.
Corpos que não se sabem, não se tocam, não se conhecem.
Distância imposta pelo material. Material que governa o caos.

Razão que governa e que não sustenta a própria razão.
Sensibilidade adoecida, abolida pela doença que abate o mundo.
Virtualidade que conecta e afasta as pessoas delas mesmas e do outro.
Angústia, ansiedade, irritabilidade, insensibilidade.... tem-se pressa.

Falta toque, falta afeto, falta corpo.
Falta perceber que somos corpo e com ele vivemos.
Não estamos contidos nele, vivemos e sentimos com ele.
Falta troca, falta olhar, falta atenção aos detalhes, falta afeto.

Dentro em pouco, o império da razão cairá por terra.
O caos não se sustenta por muito tempo, e nós não sustentaremos o caos.
Nossos corpos padecem, adoecem, endurecem...
Mas até quando suportaremos insensíveis, aos sinais do corpo?
Até quando resistiremos sem toque, sem atentar para o outro, sem experiências sensíveis de presença?

Olhar pro dentro, pro corpo, pro outro...
Exercitar a mente, desconectá-la do caos, do virtual.
Sensibilizar o corpo. Entrar em contato.

Calar os gritos, as palavras rudes, isolar-se do caos.
Trazer o silêncio, sensibilizar a linguagem do corpo e da alma.

Será que é pedir muito?
Mas, e se for? De que valem os sonhos se não puderem ser sonhados?

Só assim haverá felicidade, de verdade.
Eu quero ser feliz. E você?


9 de ago. de 2010

Borboletas metamorfoseadas...


Os ciclos são muitos e, em cada um, novas descobertas e sensações
O tempo não pára e a cada segundo novas perguntas são formuladas
As respostas, se não vêm de pronto, se fazem descobrir do véu da incerteza a cada novo sorriso
Os pezinhos inquietos anseiam por trilhar longas e sonhadoras aventuras


A realidade concreta dá lugar às mais variadas fantasias
Histórias antigas e novas, velhas canções sempre tão atuais e cobertas da mais pura poesia
Rostinhos atentos, corpinhos abertos para experimentação, novas linguagens formadas
A dança pura, dançada, embalada por novas e efêmeras sensações


Já dizia o escritor: "Há escolas que são asas" *


As crianças são pássaros, são borboletas metamorfoseadas pela vida
São diamantes brutos ansiando pela lapidação do amor.
São o campo mais intenso e vibrátil de afetação, pois possuem corpos que se abrem, naturalmente, produzindo o mais puro devir
São fonte de amor e conhecimento.


A cada novo contato, a cada troca, a cada aula, estreitamos mais nossos laços
A professora insegura por não saber se merecia tanta confiança, se descobre fascinada com esse novo velho mundo...
Recorda momentos de sua infância, faz contato com um passado não tão distante, descobre um novo  velho amor...
Lecionar é, para ela, um imenso prazer. É lugar de felicidade, de amor, de troca e, principalmente, de aprender.....
Lecionar é plenitude.


Que a cada passo dessa longa estrada, meus pequenos pássaros, eu possa mostrar-lhes que o vôo está dentro de cada um desses corpos
Que através dos nossos prazerosos dias de brincadeiras, jogos e dança, as descobertas aconteçam e se mostrem estimulantes
Que a herança dessas nossas experiências seja de um aprendizado para toda a vida e que eu possa, a cada dia, mostrar-lhes o quanto seus corpos são capazes de transformar...


Vocês, crianças, não imaginam o bem e o aprendizado que trazem consigo e que transmitem todos os dias....
Espero que, um dia, eu possa ser tão potencialmente viva e iluminada quanto vocês.


Um beijo, com muito carinho,
Iracema.


* Rubem Alves



27 de jul. de 2010

Cigana


A cigana se agita, roda a saia, se embeleza, bonita se diz.
Joga com as palavras, diz verdades que não se devem dizer, sinaliza.
É incompreendida e por vezes mau vista. Faz que não se importa embora queira sempre atenção.
As palavras lançadas aos montes são mensagens aos incautos corações. Quer o bem e o bem semeia.
Àqueles que não a escutam, avisa: quem avisa amigo é...

Gira cigana, na gira.
Canta os pontos entoados no Congá.
Seduz com as palavras, brejeira cigana...
Saravá. 





15 de jul. de 2010

...Sem pausas...


Contínuo processo que não pára corre e não sai do lugar
Corpo livre repleto de uma flexibilidade que não se sabe e mãos atadas pelo invisível desconhecido
Força que existe em algum canto daquele estranho labirinto de saídas não encontradas
Procura sem saber o que procurar naquele universo ainda não desbravado pelos pensamentos velozes e sutis
Insegurança daqueles que não sabem o caminho de volta pra casa mesmo tendo deixado as migalhas pelo chão daquela floresta sem pássaros
Solidão que vive repleta de muitas presenças inconstantes ausentes de tato
Alegria de ter tesouro lapidado que diariamente lapida sua existência
Trajetória longa daqueles que ainda têm muito o que caminhar
Desorientação sem bússola no navio regente da vida imprevisível
Medo constante do eterno não saber que vive a perguntar pergunta de resposta escondida no labirinto habitado
Angústia de temer jamais encontrar a saída e viver de eterno não saber
Coragem perseverante dos fortes teimando em lutar luta vencida por medos intimamente fabricados
Espera inquietante de mudança daquele que não se sabe se pode mudar e emudece a resposta
Incógnita resposta que não sabe se a pergunta existente era ainda pra ser perguntada
Confusa cabeça desconexa enclausurada no tempo que cisma em passar passando sem cerimônia
Tempo passa vida inquietante de angústia da artista sem ponto vírgula exclamação com interrogação nas entrelinhas
Confusão confessada ritmada por tempo corrido ausente de pausas

12 de jul. de 2010

...Não perturbe...



As pernas firmes impulsionam os pedais que fazem girar as rodas
Os pneus vencem os pequenos buracos e degraus
O vento sopra no rosto fazendo esvoaçar os cabelos dourados
A música invade os ouvidos e inunda sua mente e alma de lembranças

O dia tem temperatura tépida e sol fulgurante, sem sombra de nuvens
Os minutos parecem intermináveis, acompanhando as imagens criadas em sua mente
Pessoas passam despercebidas, só podendo se fazer sentir pelo vento que produzem seus   corpos na direção contrária à dela
Seus pensamentos, contínuos, se transformam assim como seus movimentos

Queria ter sempre essa sensação: onde nada limita, sufoca, paralisa
Se pudesse transmitiria e receberia apenas o que só a brisa no rosto e o movimento lhe proporcionam
Felicidade, prazer, bem-estar, segurança, liberdade...
Libertar a mente das dores, dos males, das angústias e das insatisfações.

Mas não pode. Todo esforço seria em vão...
A vida é feita de todos os seus temperos, sentimentos, sensações e vivências. Não podendo se dissociar coisas boas e más.
Caso contrário, não seria viver e sim, sonhar...
Mas a menina teimosa, mesmo sabendo-se impotente, viaja na sedução da ilusão... por que não?

E a menina dorme... sonha acordada.

Shshsh... silêncio! Deixem a menina sonhar... 


26 de jun. de 2010

...Faz de Conta...


Ela ri, ela canta, ela dança... ela faz um carnaval.
Sua vida parece um grande faz de conta.
Os dias são longos, grandes como a extensão de seu querer.
Seus olhos fortes penetram a alma, seduzem outros olhares, percebem o todo singular.
Ela chora, ela canta, ela dança... ela faz um carnaval.
Faz de conta que que vive.
Quase não deseja. Curtos e secos são seus dias.
Seus olhos desejam ser penetrados, seduzidos, singularizados.

Ela ri, ela canta, ela dança... e chora, e canta e dança...
Ela faz do faz de conta um eterno carnaval.

17 de jun. de 2010

A bailarina


A bailarina dança o silêncio,
movimenta o espaço,
desconstrói a música,
paira no ar.

Corpo esguio, delicado.
Pernas firmes,
braços fortes.
Fortaleza, candura, destreza.

Os movimentos trazem devir,
o corpo cria nova linguagem.
os sentidos se aguçam,
um novo universo se abre.

Sabe-se frágil e forte, artista que é.
Bailarina, menina, mãe, mulher.
Sua vida é arte, encontro, dança
seus passos música, amor e constante mudança.

Descobriu no corpo e com o corpo, sua potência.
A potência de existir bailarina, mãe, mulher, menina que sabe o que quer.
E se a vida por vezes parece incerta,
seus afetos se fazem certeza de constante bem-me-quer.


4 de jun. de 2010

[Des]abafo

Tentando definir o indefinível. Transmutação de pensamentos pensados, sonhados, por vezes vividos que transformam as voltas da vida em uma montanha russa de sensações, inquietações e incógnitas respostas...
Solidão sem companhia, palavras ruminadas, sentimentos desprezíveis, desprezados. Amor sem reciprocidade, amizade interessada em outros ganhos, constatações já antes constatadas, incredulidade.
Do imenso e promissor jardim, restaram apenas as folhas caídas daquele gélido outono... a brisa quase polar atravessava os cabelos dourados e cortava a pele pálida. Mas a cicatriz que acabara de se abrir naquele mesmo peito já calejado, latejava. O pescoço outrora arranhado por mãos não menos amadas, sentia-se ainda mais exposto...
Recolhimento. Do vazio silêncio ouviam-se os soluços.
Sua esperança era de que o líquido advindo das lágrimas pudesse molhar e acabar com toda secura... acreditava que poderia ter nelas o remédio necessário para cicatrizar a alma e fazer renascer o sorriso, o calor e a esperança do seu já calejado, mas não menos resignado, coração.
Recolhe-te, respira. Na vida, tudo passa...

13 de mai. de 2010

Carta ao velho senhor...

Prezado senhor,

as coisas não andam lá muito bem, e pouco se pode fazer para torná-lo melhor. No entanto, o senhor teima em se apresentar correndo, passando, passado, quase que num suspiro de tempo. Queira, por gentileza, fazer a caridade de passar manso, sereno, para que nossas poucas mas insistentes tentativas se façam fato.
Não queremos nada barato, nem tampouco de fácil alcançar, mas queremos as coisas de fato, com a tátil sensação do palpar. Portanto, senhor Momento, faça-se assente, sossegado; mas sem muitas calmarias para que não embales acomodação, nem tantas turbulências, para que não tornes confusão. Faz-se apenas momento e pronto.
Assim, quem sabe, poderemos usufruir-te melhor, experimentar-te as nuances, conhecer-te o suficiente para saber como tocá-lo, e quando. Esperar o momento certo de teu respirar para contigo seguir o ciclo virtuoso da vida.
Esperaremos por teus sinais atentos. Inspirando e expirando... sentindo, em cada segundo, a singela presença de teu tempo.

5 de mai. de 2010

...Apenas uma tarde sem graça...


Passamos muito tempo de nossas vidas aprendendo. O exercício de aprender requer paciência, vontade, disponibilidade, empenho e coragem.
Com a vida aprendemos que nem sempre as coisas são fáceis, mas teimamos em torna-las ainda mais difíceis. Com nossos egos muitas vezes deixamos de enxergar caminhos, pessoas e erros próprios. Nos aproximamos de muitos e muitas vezes deixamos escapar por entre os dedos, como grãos de areia, oportunidades, sonhos e pessoas... estas últimas então, muitas vezes, são perdas ainda mais dolorosas, pois nossos egos fazem com que diversas vezes julguemos erroneamente algumas que só queriam o nosso bem, nossa amizade, nosso afeto. E quem somos nós para julgar?!
Em diversos momentos parei pra pensar se realmente precisaria aprender a ser desprendida de pessoas para ser feliz. Se não deveria deixar de lado minha ainda insistente ingenuidade, e passar a duvidar mais das pessoas, dar menos amor, ser menos zelosa e “boazinha”, e passar a ser mais dura, incrédula, menos afetuosa e, de certa forma, mais egoísta. Deixar de me preocupar com os outros e apenas me preocupar comigo e com as minhas coisas.
Mas decididamente resolvi que não! Não quero ser diferente do que sou, não quero dominar gente ou coisas,não quero a frieza do egoísmo, a sombra da desconfiança, adoecer o amor que me preenche e torna-lo ódio. Quero continuar a ser a menina que outrora acreditava que tudo não passava de uma tarde chata e sem graça, e que agora apenas enxerga que as tardes nem sempre são boas,mas que no dia seguinte poderá ser brindada com a possibilidade de um novo dia de sol. Quero continuar acreditando nas pessoas e trazendo-as para minha vida, fazendo-as participar de todas as minhas derrotas e conquistas, e convidando-as a entrar se me mostrarem seus bons sentimentos e caráter. Que invadam a minha vida com sua luz, suas qualidades e seus defeitos, pois assim podemos crescer e aprender juntos! Que partilhem comigo coisas e pessoas,para que juntos formemos uma grande família. Pois amigos são pessoas que podemos, nessa vida, escolher para serem nossa família também.
Que meu amor não adoeça e que eu possa sempre amar as pessoas como se não houvesse amanhã. Que eu tenha sempre humildade para reconhecer meus erros e me desculpar com amor. Que eu saiba perdoar para ser perdoado. Que eu consiga enviar luz para meus inimigos e que eu possa assim, ser pelo menos um pouco melhor do que eu possa ter sido no dia anterior. Todos os dias.
Namastê!

3 de mai. de 2010

...Palavras para uma irmã...



Mari,
Quando o Pedro me ligou para pedir a minha ajuda para organizar essa festa pra você, fiquei muito feliz e, ao mesmo tempo, honrada. Fazer parte da sua história já é um presente, e saber o quanto minha amizade lhe é cara, uma bênção. Obrigada.
Mariana é menina valente, mulher guerreira, bailarina por paixão e opção, artista de nascença. É amiga leal, escudeira fiel, ser humano repleto de luz. O que mais chama atenção na Mariana, além dos lindos olhos azuis, é o caráter. Hoje em dia poucos são aqueles que possuem caráter tão irretocável quanto o dela. Ela é exemplo de retidão, amizade, respeito e confiança.
Nesses anos de Rio de Janeiro, nasceu uma nova Mariana. Nasceu também com ela e para ela, uma nova família. Mari cativou cada um de nós aqui presentes com suas palavras carinhosas, com suas tiradas ímpares, com seu sorriso sincero, até mesmo com sua acidez declarada, mas, principalmente, com sua amizade, carinho e respeito por cada um que passa pela sua vida.
Essa festa que hoje nos reúne, é a prova de que, mesmo que não se tenha uma imensa quantidade amigos, o mais importante é saber que os que existem, mesmo se forem poucos, são verdadeiros. Estamos aqui, minha amiga, para festejar sim seus 26 anos, mas mais ainda para lhe dizer que te amamos, respeitamos e que somos sim, sua família também. Sei o quanto sente falta dos teus pais e irmãos, da sua terra, mas saiba que hoje construístes um novo lar. Estás e estarás presente para sempre dentro de cada um de nós, e poderá contar conosco sempre!
Além de nós, seus amigos e irmãs (o tripé), existe alguém do seu lado que tem por você um amor lindo de se ver. Pedro é homem apaixonado, menino descompensado, músico de uma musa só. E hoje, nesse lindo show feito pra você, em cada palavra cantada estará uma declaração de amor... uma das mais bonitas que já presenciei. Sei que a vida a dois não é fácil e requer muita paciência. Mas com esse amor todo e um pouco de foco no futuro, essa história tem tudo pra ter um final tão feliz e bonito quanto o amor de vocês. Assim torço e espero.
Mari, sei que nem tudo são flores, que a vida muitas vezes parece dura, e que a ansiedade e o desespero por vezes nublam toda a nossa visão. Mas você, amiga, é uma mulher brilhante, inteligente, bailarina de movimentação simples, única e de qualidade, capaz e forte. A vida está só começando e ainda há muito chão para ser pisado e lugares a serem conquistados. A gente só precisa de foco, fé e determinação. Não tenho a menor dúvida de que ainda irá conquistar muito mais coisas e pessoas do que já conquistou. Acredite em você, pois nós acreditamos!
Amiga, espero que essa festa possa ter mostrado pra você um pouco do amor, carinho, amizade e respeito que temos por ti. Espero também que possamos ter te dado pelo menos um pouco da alegria com que nos brinda sempre!
Por fim, deixo aqui também um pedido, que não é só meu, mas de todos... FICA, MARI! Sua presença é muito importante para nós... você faz toda a diferença!
Te amo demais, minha irmã... não sei o que seria de mim sem você, sem sua amizade, apoio e confiança. Não quero mesmo que vá embora, mas meu amor por você não pode e nem é egoísta, por tanto, minha irmã, faça o que achar que deve fazer, mas saiba que ficarei com muita saudade... ou melhor, ficaremos.
Que todos os seus sonhos, projetos e metas se realizem, e que Deus ilumine seu caminho com muita luz, saúde, amor e felicidades!
PARABÉNS, MARI!!! VOCÊ MERECE!!!
Um beijo carinhoso, da sua irmã,
Ira.

28 de abr. de 2010

Tempo de Alegria!


É tempo de alegria!
Benditos sejam todos os capazes de promover sorrisos, despertar boas energias, acolher num abraço, ouvir com prazer...
Escrevo a felicidade de viver, por viver! Brindo todos os dias as alegrias recebidas, venham elas como e de onde for! Pois até mesmo num problema premente, podemos encontrar uma maneira de enxergá-lo com bom humor...
Viva o riso, o choro que o acompanha, e todas as graças!
Pode-se encontrar felicidade em todos os instantes, bastando ter o olhar de uma criança...
Que todos possam encontrar as crianças que os habitam, e fazer dessa grande ciranda que é a vida, um palco de muita alegria, música e dança... Namastê!

17 de abr. de 2010

...Fabulações...



O mundo gira, pessoas passam, e a menina está lá, embutida dentro daquele vasto coração...
O coração bate. Às vezes fora de compasso, fora dos passos incessantes e acelerados de seu caminhar.
Mas a menina não caminha, corre! E corre pra onde?
A procura é ininterrupta, imensurável... procura por cores, movimentos, laços, traços, palavras, silêncio... e no silêncio íntimo, paz.
Segue seu caminho atravessado por vários caminhos... cruzado por risos, choros, venturas e desventuras de sua vida e das vidas que lhe são caras.
Olha através, de viés, tentando fitar todos os tons!
Não tem vergonha de ser. É tudo aquilo que acredita e tudo aquilo que a habita. É metamorfose errante, dançante. É lagarta querendo virar borboleta, é menina em corpo de mulher, é mulher que, por vezes, se permite ser menina...
Sua vida é dança dançada, e a música seu alimento.
Seu corpo, instrumento.
Sua alma, poesia...
E como toda boa artista da vida, se permite sonhar... sonhando projeta seus desejos, trabalhando almeja conquistá-los. As pedras no caminho servem-lhe de objetos para a construção de sua pista de decolagem. Sim, ela sonha em voar o mais alto que suas asas puderem levá-la, não tem medo de alçar vôo.....
- "Pois quando a gente acredita, acredita de verdade, tudo é possível".

Eu acredito. E você?