13 de abr. de 2011

A neta da Voinha...

A menina cresceu
e mudou
e amadureceu
e concebeu...


A menina anda só
por si só
num ritmo só 
só seu


A menina tem vontade própria
capacidade de discernimento
de julgamento
de entendimento


A menina diz o que pensa
o que sente
o que pressente
ao ausente


A menina não tem aquele ouvido que a ouça
nem aquele colo que a acolha
nem aquele entendimento que a encontre
nem aquela importância que lhe ofereça


A menina sabe que não se dá o que não se tem
mas também sabe que não se dá a ninguém
e não somente a outrém
simplesmente porque lhe convém


Ou se tem e a todos se dá, ou não se tem. E pronto.


A menina é também mulher...


E mulher que pensa sozinha
que sabe por onde caminha
que inventa sua própria trilha
que escolhe com quem compartilha
Ela, a neta da Voinha... 


(que saudade da minha Voinha...)


Mulher que sempre estará aqui, de braços abertos...
pois tem muito amor pra dar 
colo pra embalar
compreensão para desculpar


Ela aprendeu a se bastar
a se amar
a se acreditar
a se dar...


Ela aprendeu a Amar.











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