7 de dez. de 2010

O lar

Amanheceu o dia. Os sonhos haviam sido perturbados por ruídos silenciosos.
A mensagem viera.
Ao despertar, ainda fez-se incrédula.
Crianças povoaram sua manhã e o sol apresentava-se magnânimo.
Ligações perdidas, coração na mão. Retorna a ligação. Do outro lado a mãe, avó, a mulher que não hesita em interceder pelos seus, dá a tão esperada notícia: "Tens um lar para chamar de seu"!
O peito apertado, oprimido, encheu-se de ar. A voz embargada pôs-se a berrar. As lágrimas contidas há seis anos, finalmente puderam se fazer presentes... lágrimas de felicidade por mais uma bênção ocorrida nos três meses mais mágicos que já pudera vivenciar.
Agora, sua única incredulidade voltava-se para si mesma. Será que merecia tanto?
Ao mesmo tempo em que sabia que nada era dado em vão, sem merecimento, sabia que estava sendo agraciada por todos os lados, materiais e espirituais. Isto a deixava
sem palavras para descrever tamanha felicidade, sem saber como agradecer, e sentindo-se eternamente grata e certa de sua responsabilidade sobre estas bênçãos.
O Trabalho iniciava-se desde já, da maneira que sua condição lhe permitisse.
Suas bênçãos estavam cercadas pelo Trabalho de anjos... e cada anjo tinha seu nome gravado pra sempre em sua alma.
Que esse Lar seja sempre cercado por vocês, nossos anjos, e que essa Luz de amor, união, paz, felicidade e fé esteja presente em cada um de vós.

Agradecida, agraciada, tomada por uma felicidade inenarrável, indescritível, incomensurável...

Namastê!

Iracema.

Nenhum comentário:

Postar um comentário