
A bailarina dança o silêncio,
movimenta o espaço,
desconstrói a música,
paira no ar.
Corpo esguio, delicado.
Pernas firmes,
braços fortes.
Fortaleza, candura, destreza.
Os movimentos trazem devir,
o corpo cria nova linguagem.
os sentidos se aguçam,
um novo universo se abre.
Sabe-se frágil e forte, artista que é.
Bailarina, menina, mãe, mulher.
Sua vida é arte, encontro, dança
seus passos música, amor e constante mudança.
Descobriu no corpo e com o corpo, sua potência.
A potência de existir bailarina, mãe, mulher, menina que sabe o que quer.
E se a vida por vezes parece incerta,
seus afetos se fazem certeza de constante bem-me-quer.
Nenhum comentário:
Postar um comentário